Correios afundam em dívidas, mas bancam turnê milionária de Gilberto Gil

Correios afundam em dívidas, mas bancam turnê milionária de Gilberto Gil

Enquanto funcionários sofrem com plano de saúde suspenso, estatal torra R$ 4 milhões em patrocínio cultural — e TCU é acionado para investigar a farra.

Enquanto os trabalhadores dos Correios enfrentam uma realidade amarga — com plano de saúde suspenso e contas no vermelho — a direção da estatal resolveu bancar a “cota master” da turnê “Gilberto Gil Tempo Rei” com um generoso aporte de R$ 4 milhões. A notícia caiu como um tapa na cara de quem depende do serviço público, especialmente dos próprios funcionários da empresa, que vêm amargando os efeitos de uma gestão afundada em prejuízos e sem rumo.

Diante da indignação generalizada, a oposição no Congresso não ficou calada. O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) exigiu explicações do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e classificou o uso do dinheiro como uma “priorização absurda”. Para ele, investir milhões em um projeto cultural no momento em que a empresa mal consegue pagar suas contas “é uma afronta aos direitos dos trabalhadores”.

Já o deputado Junio Amaral (PL-MG), que levou o caso ao Tribunal de Contas da União, foi direto ao ponto: na visão dele, o governo está usando estatais como ferramenta para agradar aliados e alimentar uma rede de favores — um “modus operandi” que, segundo ele, já é marca registrada do atual governo.

“O que estamos vendo é uma empresa em colapso, com prejuízo de mais de R$ 2 bilhões, sendo usada para fazer agrado político. A crise nos Correios é reflexo da má gestão petista”, disparou Amaral.

O caso agora está nas mãos do TCU, que deve analisar se houve irregularidades ou abuso no uso dos recursos públicos para bancar o evento. Enquanto isso, os carteiros e demais trabalhadores da estatal seguem lidando com a realidade dura de uma empresa tecnicamente quebrada, que parece ter dinheiro apenas quando é para aplaudir de pé os amigos do poder.

Compartilhe nas suas redes sociais
Categorias