Correios Distribuem “Vale Peru” Milionário em Meio a Risco de Colapso Financeiro

Correios Distribuem “Vale Peru” Milionário em Meio a Risco de Colapso Financeiro

Gasto com Benefício Natalino Contradiz Alertas de Insolvência da Estatal

Pouco tempo após alertar sobre o risco de “insolvência” devido a um rombo bilionário, os Correios surpreenderam ao anunciar a retomada do tradicional “vale peru”, um benefício de Natal para seus funcionários. O custo? Mais de R$ 200 milhões, destinados aos cerca de 84,7 mil servidores da empresa.

Cada funcionário receberá R$ 2,5 mil, divididos em duas parcelas: R$ 1 mil já pagos em 13 de dezembro e R$ 1,5 mil previstos para 8 de janeiro de 2025. O benefício faz parte de um acordo firmado na convenção coletiva deste ano entre a estatal e o sindicato dos empregados.

Crise Financeira Persistente

Essa medida contrasta com o cenário alarmante revelado recentemente. Em outubro, um documento interno dos Correios apontou a necessidade de “medidas urgentes” para conter prejuízos. A empresa acumulou um déficit de R$ 1,81 bilhão entre janeiro e agosto de 2024, com previsão de terminar o ano com saldo em caixa 83% menor do que o registrado no início do ano.

Apesar da gravidade da situação, a diretoria atual, liderada por Fabiano Silva dos Santos — conhecido pela proximidade com o presidente Lula e apelidado de “churrasqueiro de Lula” —, enfrenta críticas pela falta de estratégias eficazes para recuperar as finanças da estatal. Desde janeiro, as contas dos Correios só acumulam más notícias, com um prejuízo recorde de R$ 2 bilhões.

Decisão Polêmica

O retorno do “vale peru” reacende o debate sobre a gestão das estatais no governo. Para muitos, a decisão soa contraditória em um momento em que a empresa enfrenta problemas estruturais graves e atrasos em projetos de reestruturação.

A polêmica também destaca o impacto político da gestão de Fabiano, indicado ao cargo pelo grupo Prerrogativas. Com as finanças no vermelho, especialistas questionam se a estatal conseguirá superar a crise ou continuará acumulando dívidas sem soluções efetivas à vista.

Compartilhe nas suas redes sociais
Categorias
Tags