Crise na Saúde: Falta de vacinas atinge maioria das cidades brasileiras e ameaça retorno de doenças graves
A situação é alarmante: 64,7% dos municípios brasileiros estão enfrentando a falta de vacinas essenciais para imunizar suas populações, especialmente crianças. Um estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revela que 6 em cada 10 cidades sofrem com o desabastecimento, colocando em risco o controle de doenças graves.
O Ministério da Saúde reconheceu os problemas de distribuição e logística, mas a normalização plena só está prevista para 2025. Algumas vacinas, como a tríplice viral e hepatite A, têm previsão de reposição ainda este mês, enquanto outras, como a meningo C e varicela, podem demorar mais de um ano para voltar às prateleiras.
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, alertou para o risco do retorno de doenças como a paralisia infantil, que já haviam sido controladas. “É inaceitável que a população esteja vulnerável dessa forma por falta de organização e planejamento”, afirmou.
Entre os estados mais afetados estão Santa Catarina, com 83,7% das cidades desabastecidas, seguido por Pernambuco e Paraná, com mais de 78% dos municípios enfrentando a escassez.
As vacinas em falta incluem imunizantes contra doenças como meningite, sarampo, caxumba, rubéola, hepatite A, e até a febre amarela, além de vacinas contra a Covid-19 e o HPV.
Essa falha na distribuição expõe milhões de brasileiros a um risco desnecessário, num país que já foi modelo em campanhas de vacinação.