“Cuida da Sua Vida, Bolsonaro!” – Marçal Avança e Promete Confronto Caso as Provocações Continuem
De medalha a troca de farpas, Marçal avisa que “o pau vai quebrar” se Bolsonaro insistir nas críticas; tensão cresce na disputa pela liderança da direita
Em um novo capítulo da disputa pela liderança da direita brasileira, o ex-candidato Pablo Marçal (PRTB) mandou um recado incisivo ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em vídeo publicado na sexta-feira (1°), Marçal criticou as constantes alfinetadas de Bolsonaro e o aconselhou a “cuidar da própria vida”. A tensão surge num momento em que a direita busca definir seus rumos para 2026, e Marçal, que já declarou sua intenção de concorrer à Presidência, não escondeu que “o pau vai quebrar” se o ex-presidente insistir em atacá-lo.
“Bolsonaro, segue tua vida, irmão, seja candidato. Deixa eu em paz. Tô falando sério, gosto de você, mas fica tranquilo e toca a tua vida. Sei que os bolsonaristas querem se voltar contra mim, mas em 2026 a gente vê no que dá”, disparou Marçal, aludindo às intenções dele de disputar o pleito presidencial. O recado, em tom desafiante, foi recebido em silêncio por Bolsonaro, que não comentou até o fechamento da reportagem.
Bolsonaro, inelegível até 2030 por decisão do TSE, tenta viabilizar uma anistia que lhe permitiria concorrer em 2026. No entanto, Marçal ironizou a situação do ex-presidente, afirmando que Bolsonaro deveria focar em resolver sua questão de inelegibilidade ao invés de “pagar de malvadão”. “Te respeito, mas seu problema é com o STF. Cuida da sua vida, não tenta bancar o malvado pra cima de mim, porque eu sou uma pessoa boa”, provocou Marçal.
As farpas entre os dois vêm de meses atrás, quando Bolsonaro, após dar uma medalha a Marçal, disse ter se arrependido do gesto. Em retaliação, Marçal afirmou que devolveria a medalha e pediu de volta os R$ 100 mil que doou à campanha de Bolsonaro em 2022. A troca de críticas aumentou quando, no fim do primeiro turno das eleições municipais, Marçal exigiu uma retratação pública de Bolsonaro como condição para apoiar Ricardo Nunes (MDB), o que encerrou qualquer chance de reconciliação entre eles, conforme aliados de Bolsonaro.
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