
Cultura em Alta: Lei Rouanet tem maior captação da história no 1º trimestre de 2025
📈 Com salto de quase 70%, projetos culturais arrecadam R$ 302 milhões só nos três primeiros meses do ano
O cenário cultural brasileiro começou 2025 com o pé direito — e com dinheiro no bolso. A captação via Lei Rouanet bateu recorde no primeiro trimestre deste ano, com R$ 302 milhões investidos por patrocinadores em iniciativas culturais de norte a sul do país.
O dado, divulgado pelo Ministério da Cultura, mostra um crescimento impressionante de quase 70% em relação ao mesmo período de 2024, quando os projetos arrecadaram R$ 178,7 milhões. Até então, esse havia sido o maior volume já registrado no início de um ano desde que a lei foi criada, há mais de três décadas.
A marca confirma uma tendência de recuperação e valorização do setor cultural, que sofreu bastante nos últimos anos. Em 2024, a Lei Rouanet já havia atingido um recorde anual, com mais de R$ 3 bilhões investidos em projetos culturais — e 2025 parece disposto a superar esse número.
Vale lembrar que, tradicionalmente, o grosso da arrecadação ocorre no final do ano, quando as empresas fecham seus balanços e aproveitam os benefícios fiscais. Historicamente, o primeiro trimestre responde por cerca de 8% da captação total anual. Ou seja, se o ritmo continuar, o resultado no final do ano pode ser ainda mais expressivo.
Quando se olha para trás, a evolução fica ainda mais clara: o valor de 2025 é 85% superior ao arrecadado no primeiro trimestre de 2023 (R$ 162,6 milhões) e quase três vezes maior que o de 2022 (R$ 107 milhões).
Como funciona a Lei Rouanet?
A Lei de Incentivo à Cultura permite que artistas, produtores e instituições culturais apresentem projetos ao Ministério da Cultura para captação de recursos com empresas e pessoas físicas. Quem patrocina pode abater parte do valor do Imposto de Renda — ou seja, o governo abre mão de uma fatia da arrecadação para investir na arte e cultura do país.
Depois que os recursos são aplicados, os responsáveis pelos projetos precisam prestar contas, e tudo é fiscalizado pelo ministério para evitar abusos ou desvio de verba.
O crescimento recorde desse começo de ano sinaliza não só a confiança dos patrocinadores, mas também o fôlego criativo de quem vive — e faz — cultura no Brasil.