Dados de Allan dos Santos Removidos do Sistema da Interpol
Após mais de três anos de sigilo, detalhes do processo contra o jornalista são revelados
Após permanecer em sigilo por mais de três anos, o processo judicial PET 9935, instaurado no Supremo Tribunal Federal (STF) que decretou a prisão preventiva do jornalista Allan dos Santos, teve seu sigilo levantado na sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025. A petição, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, revelou detalhes de uma investigação conduzida pela Polícia Federal que acusou Allan de incitar a desestabilização do Estado Democrático de Direito no Brasil. A PET 9935 foi instaurada em apenso ao inquérito 4874, conhecido como inquérito das “milícias digitais”.
O nome de Allan dos Santos foi incluído na Lista Vermelha da Interpol, mas essa inclusão ficou restrita a autoridades policiais e não foi divulgada publicamente. Com a abertura dos autos, foi revelado que os dados referentes ao jornalista foram removidos do sistema da Interpol, indicando uma possível revisão ou encerramento da ordem de captura internacional que havia sido emitida contra ele.
Allan dos Santos reside nos Estados Unidos desde julho de 2020, para onde se mudou após se tornar alvo de investigações em inquéritos abertos pelo ministro Alexandre de Moraes no STF. A remoção de seus dados do sistema da Interpol pode influenciar nos desdobramentos legais e diplomáticos relacionados ao caso, especialmente no que tange a pedidos de extradição ou cooperação internacional.
A decisão de levantar o sigilo do processo ocorre em um momento de intensos debates sobre liberdade de imprensa, atuação do Judiciário e os limites da liberdade de expressão no país. Observadores e especialistas aguardam os próximos passos das autoridades brasileiras e norte-americanas em relação ao jornalista.
Fonte e Créditos: Revista Oeste
