Datafolha revela: o Brasil está dividido sobre Lula… mas só quem acredita paga R$ 6,20 no dólar
Aprovação e reprovação empatadas, expectativas despencando, mas com muita confiança no “ótimo governo regular”
Dizem que o brasileiro tem memória curta, mas parece que a seletividade anda mais em alta do que nunca. Segundo o Datafolha, o governo Lula, ao completar dois anos, conseguiu um feito espetacular: 35% o consideram ótimo ou bom, enquanto 34% o avaliam como ruim ou péssimo. Um empate técnico que, se fosse jogo de futebol, terminaria em vaias no estádio.
A pesquisa, realizada presencialmente com 2.002 pessoas em 113 cidades, mostra que o otimismo anda tão escasso quanto real por aqui, ou será que alguém ainda se surpreende com números que dançam dentro da margem de erro? Com o dólar a R$ 6,20, qualquer crença na estabilidade fica mais cara que uma passagem de ida pra Miami.
Os números falam, mas será que alguém ouve?
Em outubro, 36% achavam o governo ótimo ou bom; agora, 35%. Uma queda dentro da margem de erro, o que é quase um “ufa” para o Planalto. Já os que consideram a gestão ruim ou péssima subiram de 32% para 34%. Traduzindo: para cada cidadão que aprova, outro se arrepende.
Lula, inclusive, parece competir consigo mesmo: no primeiro mandato, 70% o aprovavam nessa mesma fase, enquanto agora ele fica abaixo até de Bolsonaro, que tinha 37% de aprovação no segundo ano de governo. Para quem dizia que “nunca antes na história deste país”, fica o lembrete de que a história se repete — às vezes, como tragédia, às vezes como meme.
Expectativas despencando mais rápido que o PIB
A fé no futuro também deu uma escorregada: em março, 46% achavam que Lula faria um governo ótimo ou bom; agora, só 38% mantêm essa esperança. Já os pessimistas, que eram 30%, agora são 34%. Talvez porque “o Brasil voltou”, mas só para a fila do desemprego e dos juros exorbitantes.
Segmentos e a arte de acreditar no impossível
Entre os que recebem até dois salários mínimos, Lula ainda é “o cara”: 44% o aprovam. Mas suba um degrau na escada social e o cenário desmorona. Quem ganha acima de dois salários mínimos reprova o governo em massa, com 42% dando nota zero. Será que a promessa de união era só para quem está na base da pirâmide?
Problemas do país: como fingir que nada mudou
Saúde, violência e economia lideram as preocupações do brasileiro. Quem diria, não é mesmo? Afinal, é preciso muita criatividade para olhar para o caos atual e achar que, pelo menos, “as instituições estão funcionando”.
Ironia final: acreditar na pesquisa custa caro
No Brasil de hoje, onde o litro de gasolina flerta com o preço de uma garrafa de vinho importado e o dólar faz qualquer compra no exterior virar luxo, acreditar que o governo está em boa forma talvez seja o verdadeiro ato de fé. Afinal, quando 58% dos entrevistados acham que Lula fez menos do que esperavam, fica difícil segurar o riso ou as lágrimas.
Enquanto isso, seguimos vivendo no país do “ótimo para uns, péssimo para outros e regular para quem já desistiu de opinar”.
