Datena deixa púlpito e vai em direção a Marçal durante debate da TV Gazeta; “Ladrãozinho”, “invasor”, “sem vergonha”
Foi um espetáculo deprimente e digno de repúdio o que aconteceu no debate da TV Gazeta, onde o candidato José Luiz Datena abandonou o púlpito em direção a Pablo Marçal, em uma cena que mais parecia saída de uma briga de rua do que de um debate político. A tensão era palpável, e a troca de insultos atingiu níveis que envergonhariam até os mais experientes na arte da retórica agressiva.
Marçal, com suas provocações afiadas, acusou Datena de ser um “playboy multimilionário” que só “brinca de combater o crime” enquanto se esconde atrás de um teleprompter. Como se estivesse jogando gasolina na fogueira, ele ainda sugeriu que Datena, no dia 6 de outubro, o ligaria para pedir desculpas — uma alfinetada que Datena claramente não conseguiu ignorar.
A resposta de Datena foi um coquetel de insultos, chamando Marçal de “vagabundo, sem vergonha, ladrão condenado e estelionatário de internet.” Não bastasse, ainda o acusou de tentar manipular o debate, revelando uma suposta ligação em que Marçal teria tentado armar um ataque coordenado contra outros candidatos. A mediadora do debate, Denise Campos de Toledo, mal conseguia manter a ordem, e o caos se espalhou dos estúdios para os bastidores, onde apoiadores dos dois candidatos continuaram a confusão.
O nível de agressividade, desrespeito e total falta de compostura só reafirma o que muitos de nós já tememos: que os debates políticos estão se transformando em arenas de ataques pessoais, onde propostas e soluções ficam relegadas ao segundo plano. É como se os candidatos estivessem mais preocupados em se destratarem publicamente do que em apresentar algo de valor para o eleitorado. Uma verdadeira vergonha para a democracia e um triste reflexo do estado atual da política brasileira.