
Decisão de Alexandre de Moraes manda prender mãe envolvida no 8 de janeiro
Mesmo com possibilidade de recurso, STF decreta prisão preventiva de Juliana de Barros
Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Juliana de Barros foi presa preventivamente na quarta-feira (26) sob a justificativa de risco de fuga. A dona de casa, envolvida nos atos de 8 de janeiro, está agora detida em Luziânia (GO).
Apesar de ter sido condenada a 17 anos de prisão pelo STF em dezembro de 2024, Juliana ainda teria o direito de recorrer em liberdade. Segundo sua defesa, a Corte sequer analisou os embargos de declaração apresentados em 20 de janeiro deste ano.
“Diante do encerramento do julgamento da ação penal e do risco de fuga da ré, como já ocorreu em outras condenações relacionadas ao 8 de janeiro, a prisão preventiva se justifica para garantir a aplicação da lei e o cumprimento da decisão do STF”, diz trecho do mandado de prisão obtido pelo portal Oeste.
A advogada de Juliana, Valquíria Durães, afirmou que sua cliente vinha cumprindo rigorosamente as medidas cautelares impostas pela Justiça, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.
Mãe de três filhos e responsável pelo lar
Juliana, de 34 anos, é casada e mãe de três filhos menores de idade. A filha mais nova, de sete anos, possui problemas cardiovasculares e depende diretamente dos cuidados da mãe. Seu filho de nove anos tem dificuldades respiratórias, enquanto o mais velho, de 17, enfrenta um quadro de depressão agravado pela prisão da mãe e pelo suicídio do pai.
“Ela sempre foi dedicada à família e ao lar, conduzindo sua vida com responsabilidade e princípios cristãos”, afirmou sua advogada. “Juliana pauta suas ações na honestidade, no respeito e na solidariedade.”
Nota da defesa
“Vivemos tempos difíceis. O que deveria ser um pilar da sociedade – a honestidade – parece ter se tornado um peso para aqueles que ainda a seguem. Enquanto criminosos recebem indultos e reduções de pena, cidadãos comuns enfrentam perseguições e censura simplesmente por se expressarem.
A justiça, que deveria ser imparcial, tornou-se um jogo de interesses. A liberdade virou um campo minado, onde uma opinião pode custar caro. Estamos diante de um sistema que protege os poderosos e pune aqueles que ousam questioná-lo.”
Fonte: Revista Oeste