
“Decisões Polêmicas: Juiz que Condenou Filipe Martins Arquivou Caso Vaccari na Lava Jato”
Contradições nas sentenças de David Wilson de Abreu Pardo geram debates sobre imparcialidade judicial
O juiz David Wilson de Abreu Pardo, da 12ª Vara Federal Criminal de Brasília, responsável pela condenação do ex-assessor Filipe Martins por um gesto interpretado como racista, já tomou outra decisão controversa: o arquivamento de uma ação penal contra João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, investigado na Lava Jato.
Condenação por Gesto ou Arquivamento de Ação Penal?
No caso de Filipe Martins, ocorrido em 2021, o ex-assessor foi condenado por um gesto feito durante uma audiência no Senado. Interpretado como um símbolo associado à supremacia branca, o movimento gerou polêmica, ainda que a defesa alegasse tratar-se de um ajuste de lapela. Mesmo sem comprovação de intenção dolosa, Martins recebeu sentença condenatória.
Já no caso de João Vaccari Neto, envolvido na Operação Rizoma — um desdobramento da Lava Jato que investigava desvios em fundos de pensão — o juiz Pardo decidiu arquivar a ação penal. A justificativa foi baseada em questões processuais, mesmo com indícios de prejuízos milionários ao patrimônio público.
Justiça ou Contradição?
As decisões contrastantes levantam dúvidas sobre a coerência na aplicação da lei:
- No caso de Filipe Martins, o juiz considerou interpretações subjetivas suficientes para condenação, apesar da ausência de dolo comprovado.
- No caso de Vaccari Neto, mesmo com indícios robustos de corrupção, a ação foi arquivada, frustrando o avanço das investigações.
As escolhas judiciais chamam atenção para possíveis influências ideológicas ou falta de uniformidade no tratamento de casos envolvendo figuras públicas de espectros políticos opostos.
Esses episódios destacam a necessidade de maior transparência e consistência na justiça brasileira, especialmente em processos com grande repercussão social e política.