Defensor do feminismo, espancando sua esposa, diz Milei sobre Fernández
Nesta terça-feira (13), o presidente da Argentina, Javier Milei, fez uma série de críticas ao seu antecessor, Alberto Fernández, em um post na plataforma X. Milei comentou as denúncias de agressão feitas pela ex-primeira-dama, Fabiola Yañez, e destacou que, embora a violência de gênero seja “indiscutível”, isso não elimina a responsabilidade de Yañez por ter sido, segundo ele, “cúmplice” das “aberrações” do governo kirchnerista durante a pandemia.
Milei também ironizou a postura de Fernández, afirmando que o ex-presidente, defensor do feminismo, agrediu sua esposa. Ele mencionou que as acusações de violência surgiram em meio a uma investigação sobre suspeitas de corrupção, especialmente na contratação de seguros, envolvendo o ex-presidente.
Fabiola Yañez, de 43 anos, oficializou sua denúncia contra Fernández, de 65, no consulado argentino em Madri, alegando agressões que teriam começado em 2016, muito antes de Fernández ser eleito presidente. A ex-primeira-dama o acusa de lesões graves qualificadas e abuso de autoridade, além de apresentar detalhes de atos repetidos de violência.
Fernández nega as acusações e afirma que as marcas mostradas por Yañez, como um hematoma no rosto, são resultado de tratamentos estéticos e não de agressões físicas. Ele também destacou que o casal teve um filho em 2022, questionando por que Yañez teria se submetido a um tratamento de fertilidade se ele fosse realmente agressor.
A Justiça argentina já emitiu medidas restritivas contra Fernández, impedindo-o de se aproximar de Yañez, e uma operação de busca e apreensão foi realizada em seu apartamento, onde um celular foi confiscado para investigação. O caso segue em andamento e a ex-primeira-dama deve prestar depoimento em breve.
Milei usou o episódio para questionar não só a moral de Fernández, mas também a integridade de Yañez, apontando uma suposta participação dela nos atos corruptos do governo kirchnerista.