Defensor público do RN diz que eleitoras de Bolsonaro ‘não podem reclamar’ em caso de violência sexual

Defensor público do RN diz que eleitoras de Bolsonaro ‘não podem reclamar’ em caso de violência sexual

Serjano Valle é o defensor público

Um defensor público do Rio Grande do Norte causou polêmica ao afirmar em um áudio que eleitoras do ex-presidente Jair Bolsonaro não poderiam reclamar caso sofressem certos tipos de violência sexual. O áudio viralizou nas redes sociais e em uma plataforma de mensagens. Diante da repercussão do caso, a Corregedoria Geral da Defensoria Pública abriu um processo administrativo para apurar os fatos.

A Defensoria informou que as penalidades serão baseadas na Lei Complementar do RN que trata do regime jurídico dos servidores públicos, mas ainda não é possível especificar qual sanção será aplicada, pois é necessário analisar todas as circunstâncias do caso no processo administrativo.

Em nota, o defensor público Serjano Valle pediu desculpas pela fala e reconheceu o erro. Ele atribuiu o áudio ao “calor intenso de discussões em grupos de WhatsApp de ‘amigos’, onde a informalidade impera”, afirmando que isso levou a declarações pouco polidas e desmedidas. Serjano lamentou que suas afirmações tenham se tornado públicas, ressaltando que suas ações como cidadão e defensor público são mais importantes do que suas palavras em um contexto privado.

O caso gerou indignação e levantou discussões sobre o respeito aos direitos das mulheres e o papel dos servidores públicos na promoção de uma sociedade justa e igualitária.

Áudio fala em ‘dedadas’

O defensor público do RN Serjano Valle disse, no áudio que viralizou, que a mulher que vota em Bolsonaro, se sofrer “dedadas” na vagina e no ânus na rua “não pode reclamar”.

No áudio, o servidor diz ainda que se sente “à vontade” para falar dessa forma porque na primeira candidatura de Jair Bolsonaro para a presidência da República, em 2018, a esposa do defensor votou no candidato.

“Ano passado ela votou em branco, porque ela não aguenta votar em Lula. Mas ela foi um pouquinho digna e disse que respeitava as nossas duas filhas, e não votou em Bolsonaro”, disse no áudio.

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