Defesa da família acusada de hostilizou Moraes diz que PF manipulou imagens de câmera
A defesa de Roberto Mantovani Filho, Andreia Mantovani e Alex Zanatta, acusados de hostilizar o ministro do STF Alexandre de Moraes, afirmou que a Polícia Federal manipulou as imagens das câmeras de segurança. A alegação foi apresentada na quinta-feira, 1º de agosto de 2024, em um novo pedido de acesso às gravações do Aeroporto Internacional de Roma, na Itália.
De acordo com o Poder360, o documento de solicitação argumenta que as imagens foram manipuladas por agentes da PF e não por peritos oficiais. A defesa pediu autorização para extrair cópias das imagens diretamente das mídias originais recebidas por meio da Cooperação Internacional 613/2023, antes de qualquer convocação para defesa prévia.
Roberto Mantovani Filho, sua esposa Andreia Mantovani e seu genro Alex Zanatta foram indiciados por calúnia e difamação após serem acusados de insultar Moraes, chamando-o de “bandido, comunista e comprado” em 14 de julho de 2023. Durante o incidente, Mantovani Filho teria agredido o filho de Moraes com um golpe no rosto quando este tentou intervir.
As investigações iniciais, concluídas em fevereiro de 2024, indicaram que o empresário havia insultado o filho de Moraes, mas o delegado responsável na época não encontrou indícios de crime e não indiciou os envolvidos. Com o caso reaberto em março, o atual delegado, Thiago Rezende, indiciou o trio por calúnia, destacando o agravante de o crime ser cometido contra um funcionário público.
A defesa também argumenta que o delegado responsável pelo novo relatório pode não ter assistido às imagens na íntegra, resultando em um parecer tendencioso e baseado apenas na versão de uma das partes envolvidas. Além disso, eles afirmam que as imagens não foram disponibilizadas para a defesa, dificultando o direito de defesa dos acusados.
Os advogados solicitaram cópias das imagens e de mensagens e postagens identificadas no celular apreendido, alegando que a defesa não pode ser realizada adequadamente sem o acesso integral à principal prova.