Defesa de Anderson Torres se manifesta depois de arquivamento de inquérito
Nesta quinta-feira, 1, a defesa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, anunciou que o Ministério Público Federal arquivou o inquérito civil que investigava sua responsabilidade nos eventos de 8 de janeiro de 2023.
O advogado Eumar Novacki destacou a independência funcional e o alto nível técnico do Ministério Público Federal como elementos decisivos para comprovar a inocência de Anderson Torres em relação aos incidentes de 8 de janeiro. Novacki reiterou a confiança na Justiça e respeito às instituições.
O inquérito civil relacionado à delegada da Polícia Federal, Marília Alencar, ex-subsecretária de inteligência durante a gestão de Torres como secretário de Segurança do Distrito Federal, também foi arquivado anteriormente pelo órgão, alegando falta de evidências.
Anderson Torres foi preso em 14 de janeiro e solto em maio de 2023, sob condições, incluindo a proibição de deixar Brasília e o uso de tornozeleira eletrônica. Ele foi acusado de omissão e conivência nos eventos de 8 de janeiro, mesmo estando nos Estados Unidos na época. A prisão foi determinada por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal.
A defesa de Torres destaca que ele não teve envolvimento nas ações e, conforme afirmado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro, a minuta apreendida em sua casa pela Polícia Federal é considerada uma “aberração jurídica” e fantasiosa. Torres afirmou à CPMI que, na condição de secretário de Segurança, até o dia 6 de janeiro, não tinha informações sobre os acontecimentos posteriores. Ele argumenta que, se o protocolo de ações integradas (PAI) fosse seguido conforme o planejado, os incidentes poderiam ter sido evitados.