Defesa de Bolsonaro pede acesso a depoimentos de ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, acesso aos depoimentos dos ex-comandantes do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, e da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro do ar, Carlos Baptista Junior. Essa solicitação surge em meio às investigações que alegam reuniões para discutir uma minuta de golpe de Estado, conforme depoimentos do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.
Os depoimentos dos ex-comandantes, realizados à Polícia Federal, teriam corroborado a delação de Mauro Cid, aumentando a pressão sobre Bolsonaro. A defesa busca acesso aos termos de declarações desses depoimentos para atualizar o processo, destacando o significativo progresso nas investigações.
Os ex-comandantes, Marco Antonio Freire Gomes e Carlos Baptista Junior, prestaram depoimento como testemunhas, confirmando reuniões sobre a “minuta do golpe”. Freire Gomes também afirmou que os acampamentos golpistas foram mantidos por ordem de Bolsonaro. Ambos os militares enfrentam críticas por não aderirem à proposta de golpe de Estado, sendo alvos de ataques por aliados de Bolsonaro.
Mensagens reveladas pela PF indicam que o general Walter Braga Netto, vice na chapa de Bolsonaro, criticou Freire Gomes, sugerindo oferecer sua “cabeça aos leões”. Além disso, Braga Netto orientou ataques a Baptista Junior, chamando-o de “traidor da pátria”. O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, também teria concordado com um golpe, colocando suas tropas à disposição de Bolsonaro.
A defesa de Bolsonaro busca compreender os depoimentos dos ex-comandantes para lidar com o avanço das investigações.