
Defesa de Bolsonaro Solicita Liberação de Passaporte para Viajar à Posse de Trump
Advogados pedem que STF permita viagem de 5 dias, destacando a autenticidade do convite e alertando para sérias consequências de falsas alegações
A defesa de Jair Bolsonaro entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando que o ministro Alexandre de Moraes libere o passaporte do ex-presidente para que ele possa viajar entre os dias 17 e 22 de janeiro, com o objetivo de participar da cerimônia de posse de Donald Trump, nos Estados Unidos. Os advogados alegam que Bolsonaro foi oficialmente convidado para o evento e que o convite é legítimo, conforme um e-mail enviado ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Documentação e Alertas sobre o Convite
Os advogados anexaram ao pedido uma mensagem de e-mail que, segundo eles, foi enviada pelo comitê de posse de Trump, confirmando o convite. No recurso, afirmam que o e-mail com o domínio “t47inaugural” é autêntico e direciona para a página oficial da posse de Trump. Além disso, destacam que nos Estados Unidos, “por razões culturais”, o compromisso de boa-fé do remetente é reconhecido, tornando o convite válido.

A defesa de Bolsonaro também enfatiza que, caso o convite seja considerado falso, as consequências seriam severas, o que reforça o pedido de liberação do passaporte para a viagem de cinco dias.
Liberação do Passaporte e Solicitação Judicial
Bolsonaro teve o passaporte apreendido pela Polícia Federal em fevereiro de 2024, no contexto de uma investigação relacionada à tentativa de golpe para mantê-lo no poder. O ex-presidente precisa de autorização judicial para deixar o país. No pedido, a defesa sugere que ele participará de um “baile de posse hispânico”, uma das cerimônias previstas na posse de Trump.
Na semana passada, Bolsonaro havia solicitado formalmente a devolução do passaporte e a permissão para viajar, mas o ministro Moraes pediu a complementação da documentação, já que o convite não foi acompanhado de informações detalhadas sobre o evento.
Esse pedido agora será analisado pela Procuradoria-Geral da República, que dará seu parecer antes de Moraes tomar uma decisão final sobre o caso.