
Defesa de Filipe Martins Aponta Novas Contradições da Polícia Federal
Advogados questionam omissão de discurso que pode inocentar ex-assessor e inconsistências no caso
A defesa de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, apontou, nesta terça-feira (3), novas contradições nas investigações da Polícia Federal (PF). De acordo com os advogados, um discurso escrito por Martins para o então presidente Jair Bolsonaro, apreendido durante a Operação Tempus Veritatis em fevereiro deste ano, não foi incluído no relatório final que o indiciou. O documento, segundo a defesa, refuta as acusações de envolvimento em um possível golpe de Estado e comprova a inocência de Martins.
O discurso, que seria uma reação às eleições de 2022, afirma: “Mesmo considerando essa eleição ilegítima, não irei contestá-la. Meu amor pelo país e pelo povo brasileiro está acima de tudo”. A defesa de Martins destaca que o conteúdo do discurso é um anúncio de oposição política, e não um apelo ao golpe, o que contradiz as acusações.
Além disso, a defesa questiona a omissão desse material no relatório final da PF e aponta inconsistências nas investigações, como a alteração da versão sobre a viagem de Martins aos Estados Unidos. Segundo os advogados, essa série de contradições levanta suspeitas de parcialidade na apuração dos fatos.
Com base nessa nova evidência, a defesa de Martins espera que as acusações sejam finalmente arquivadas, afirmando que a verdade prevalecerá no processo.