
Defesa de general contesta julgamento e pede cautela ao STF
Advogado de Mário Fernandes reclama de cerceamento e faz apelo para que ministros não antecipem decisões no caso do ‘núcleo dois’
Durante o julgamento do chamado “núcleo dois” da tentativa de golpe, no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Marcos Vinícius de Camargo Figueiredo, que representa o general da reserva Mário Fernandes, fez um apelo direto aos ministros da Corte. Segundo ele, a defesa vem sendo prejudicada por limitações no processo, o que ele classificou como cerceamento do direito de defesa.
Em sua fala, o advogado também pediu que os magistrados mantenham a imparcialidade e não tomem uma posição definitiva antes do momento adequado. “Peço que os ministros não se convençam antes da hora”, afirmou, em um apelo por prudência e serenidade diante das acusações.
Mário Fernandes é acusado de integrar o segundo núcleo da suposta tentativa de golpe de Estado, grupo que teria sido responsável por oferecer suporte jurídico e operacional à empreitada golpista. A sessão do STF continua com os debates e deve decidir se os envolvidos se tornarão réus.
O julgamento ocorre em um clima de alta tensão política e jurídica, refletindo os desdobramentos de uma das investigações mais sensíveis do período democrático recente no Brasil.