Defesa de Marcelo Câmara Afirma ao STF que Ele Acompanhava Moraes Apenas com Fontes Abertas

Defesa de Marcelo Câmara Afirma ao STF que Ele Acompanhava Moraes Apenas com Fontes Abertas

Advogados alegam que ex-assessor de Bolsonaro não cometeu crime ao monitorar ministro usando ferramentas públicas.

A defesa de Marcelo Câmara, ex-assessor do presidente Jair Bolsonaro (PL), apresentou nesta quinta-feira (6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) sua resposta à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa Câmara de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. Os advogados afirmam que o acompanhamento do ministro Alexandre de Moraes, citado na denúncia, foi realizado por meio de “fontes abertas”, como pesquisas públicas na internet e outros meios acessíveis ao público, e não por um “monitoramento” ilegal.

A PGR incluiu em sua acusação mensagens nas quais Câmara repassa ao tenente-coronel Mauro Cid a localização de Moraes, com Cid confirmando, em seu acordo de delação premiada, que pediu ajuda a Câmara para esse monitoramento. No entanto, a defesa contesta essa interpretação, sustentando que o termo correto seria “acompanhamento” e que não houve qualquer ação criminosa nesse processo. “Onde está a ilegalidade em realizar pesquisas por meio de fontes abertas, como Google, telefonemas ou agendas públicas?”, argumentam os advogados.

Além disso, a defesa solicitou que o ministro Moraes se declare impedido de relatar o caso, argumentando que ele seria vítima de um “monitoramento”. Solicitações semelhantes já foram rejeitadas pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso. A defesa pediu, ainda, que o termo “monitoramento” seja substituído por “acompanhamento por fontes abertas”, destacando, assim, a legalidade das ações de Câmara.

Marcelo Câmara atuou como assessor de Bolsonaro, tanto durante seu governo quanto após o fim do mandato, e deixou o cargo em outubro de 2023.

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