“Defesa ou Polêmica? Eduardo Girão Critica Resolução do Conanda sobre Aborto”

Senador acusa governo de ferir Constituição e promete resistência

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) usou o plenário nesta terça-feira (17) para manifestar forte oposição à resolução que o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) deve votar na próxima segunda-feira (23). A proposta prevê que conselhos tutelares orientem menores de 14 anos em situações de gravidez para programas de aborto, independentemente da fase gestacional.

Para Girão, a medida é “uma afronta inaceitável” à Constituição Federal. Segundo ele, o artigo 5º, que garante a inviolabilidade do direito à vida, estaria sendo gravemente desrespeitado.

“Essa aberração nem deveria ser debatida. Vai contra o pilar fundamental da família brasileira, que é proteger e educar os filhos. Além disso, é um flagrante estelionato eleitoral. Durante a campanha, o presidente Lula prometeu, em sua ‘Carta aos Cristãos’, que seria contra o aborto e a favor da vida”, criticou o parlamentar.

Críticas ao Conanda e apelo à preservação de vidas

O Conanda, órgão vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos, foi criado para zelar pelos direitos de crianças e adolescentes. Contudo, segundo o senador, ele estaria agindo em contrariedade ao seu propósito. Girão classificou a resolução como um “assassinato cruel” e alertou para as consequências físicas e psicológicas do aborto.

“O aborto não apenas mata uma criança indefesa, mas também coloca a saúde da mulher em risco. Eleva as chances de câncer de mama, abala a saúde mental e pode levar ao suicídio, que já é uma grave pandemia”, declarou.

O senador enfatizou que proteger a vida é um dever constitucional e que o governo deveria priorizar políticas que promovam o bem-estar de mães e bebês, em vez de aprovar medidas que, segundo ele, atacam os princípios fundamentais da sociedade brasileira.

Polêmica em tempos de promessas eleitorais

A resolução reacende debates sobre os compromissos firmados pelo governo em relação à vida e ao aborto. Girão prometeu resistir e mobilizar apoio para evitar que a medida seja aprovada, afirmando que não há espaço para concessões quando o tema é a proteção à vida.

O desfecho da votação na próxima semana promete trazer ainda mais tensão a um tema já tão polarizado.