Delator do PCC Acusa Advogado de Cobrar Propina para Deputado Delegado Olim

Delator do PCC Acusa Advogado de Cobrar Propina para Deputado Delegado Olim

Delegado Olim refuta acusações e afirma que nome foi usado sem seu consentimento em esquema de extorsão

O deputado estadual Antônio de Assunção Olim, mais conhecido como Delegado Olim (Progressistas), foi envolvido em uma delação premiada que surge no contexto de um escândalo de corrupção. O corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, acusado de orquestrar o assassinato de um líder do PCC, revelou ao Ministério Público que pagou propina a um advogado que afirmava ter acesso direto ao deputado e a autoridades policiais influentes.

De acordo com Gritzbach, o advogado Ramsés Benjamin Samuel Costa Gonçalves teria cobrado R$ 5 milhões para “resolver” sua situação, sendo parte desse valor destinado a autoridades, incluindo Olim, que o advogado teria indicado como uma ponte para suas demandas. Como pagamento, Gritzbach alega ter entregado dois apartamentos e feito uma transferência de R$ 300 mil.

No entanto, o deputado Olim nega as acusações. Ele afirma que, ao ser informado do uso de seu nome em atividades criminosas, enviou mensagens alertando o advogado, acusando-o de extorsão. Em uma das mensagens, Olim diz que estava reunindo provas para denunciar o advogado por usar seu nome de maneira indevida.

Enquanto isso, a investigação continua, e o delegado Fabio Caipira, envolvido indiretamente nas alegações, será afastado do cargo assim que retornar de férias em janeiro. Segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Gritzbach não obteve nenhuma vantagem das autoridades e teve seus bens bloqueados.

A situação ainda está sendo investigada, e as autoridades envolvidas negam qualquer ligação com os crimes descritos na delação. O afastamento do delegado Caipira foi classificado como uma medida “preventiva” dentro do contexto da investigação em andamento.

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