Delegado do Deic SP foi morto em assalto
Mauro Guimarães Soares, de 59 anos, foi baleado após reagir ao ser abordado por dois bandidos numa moto na Lapa, em São Paulo
Um delegado de 59 anos, que dedicou sua vida a combater o crime, é brutalmente assassinado em plena luz do dia, enquanto caminhava com sua esposa, também policial, em uma rua de São Paulo. Não é apenas mais uma tragédia que se repete nas manchetes, é o retrato amargo de uma cidade onde a impunidade reina e o ciclo da violência segue intacto, engolindo vidas sem piedade.
Mauro Guimarães Soares, um homem que enfrentou o submundo do crime por anos, caiu pelas mãos de um bandido reincidente, um criminoso que já havia sido preso quatro vezes, mas que estava solto, circulando livremente por nossas ruas. O que mais precisa acontecer para que o sistema pare de fracassar de forma tão vergonhosa? É revoltante pensar que um homem, que arriscou tudo em prol da segurança pública, foi morto por alguém que o Estado, com suas falhas absurdas, permitiu que estivesse em liberdade.
Estamos falando de um assassino que, mesmo com um histórico criminal pesado, estava cumprindo uma “prisão domiciliar”. Como assim, prisão domiciliar? O que deveria ser uma punição virou uma piada de mau gosto. Quem paga essa conta agora? A família de Mauro? O sistema de justiça, que deveria proteger os cidadãos de bem, mais uma vez falha miseravelmente, deixando escapar quem deveria estar preso, resultando na morte de um policial que, ironicamente, sempre lutou contra essa mesma impunidade.
O episódio ocorreu a poucos metros de uma delegacia, um símbolo de proteção que não foi suficiente para impedir o que parece ser uma rotina cada vez mais comum. São Paulo está refém dessa sensação de insegurança constante, enquanto as pessoas seguem sendo vítimas de criminosos que nunca deveriam ter a chance de atacar novamente.
A Secretaria de Segurança Pública lamentou a morte em nota, mas de que adianta lamentos vazios quando o sistema inteiro parece estar em colapso? Quantas notas serão emitidas antes que se entenda que o problema está na raiz? A impunidade não pode mais ser a norma. Cada vida perdida é um grito que ecoa por mudanças, mas que, até agora, só encontra silêncio.