Delegado que indiciou três por ofensas a Moraes ganha cargo na Europa

Delegado que indiciou três por ofensas a Moraes ganha cargo na Europa

Delegado Thiago Rezende, que mudou entendimento da PF sobre ofensas a Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma, ganhou cargo na Europa

Thiago Severo de Rezende, o delegado responsável por recomendar a acusação de três indivíduos envolvidos num incidente de alegado abuso verbal contra o juiz do Supremo Tribunal Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma, foi nomeado para um cargo de prestígio posição na Europa. Esta nomeação ocorreu pouco antes de a delegação emitir acusações no caso acima mencionado.

No dia 16 de maio, Rezende recebeu uma nomeação significativa de Andrei Rodrigues, Diretor-Geral da Polícia Federal Brasileira. Foi nomeado Oficial de Ligação da Agência da União Europeia para a Cooperação Policial, vulgarmente conhecida como Europol, com sede em Haia, Países Baixos. A duração de seu mandato é de dois anos, conforme estipulado em edital publicado no Diário Oficial da União no dia 28 de maio. Notavelmente, Rezende se mudará para a Holanda, com todas as despesas cobertas pela Polícia Federal, e terá o direito de trazer seus dependentes junto.

A ação segue uma série de acontecimentos relacionados à investigação da altercação verbal envolvendo Moraes. Inicialmente, o ex-investigador principal do caso, Hiroshi Sakaki, concluiu em fevereiro que o incidente constituía “verdadeiro insulto” contra o filho de Moraes. No entanto, devido a restrições processuais que impedem acusações por delitos menores, nenhuma acusação foi apresentada naquela altura.

Ao assumir a função, Rezende revisitou o caso e decidiu indiciar o empresário Roberto Mantovani, sua esposa Renata Munarão e o genro Alex Zanatta. Esses indivíduos foram implicados em fazer acusações contra Moraes, alegando fraude eleitoral durante as eleições de 2022. Rezende optou por acusá-los de difamação contra funcionário público, dada a condição de Moraes como ministro do Supremo Tribunal.

Esta mudança de abordagem em relação às conclusões iniciais de Sakaki sublinha as complexidades e nuances envolvidas nos processos judiciais, onde diferentes interpretações das provas e dos estatutos jurídicos podem levar a resultados variados. A nomeação de Rezende para a Europol acrescenta uma camada intrigante à narrativa, suscitando questões sobre o momento e as potenciais implicações da sua mudança no meio dos processos judiciais em curso.

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