Delegados da PF defendem policial que anexou conversa no caso Moraes
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entraram em conflito devido à exposição de conversas do empresário Roberto Mantovani com seu advogado. A OAB solicitou que o delegado Hiroshi de Araújo Sakaki seja sancionado pela inclusão de transcrições e prints dessas conversas em um relatório relacionado à investigação das hostilidades envolvendo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua família no aeroporto de Roma.
O presidente da OAB, Beto Simonetti, argumentou que houve uma violação “grave” das prerrogativas dos advogados, alegando que o delegado deve ser responsabilizado por abuso de autoridade.
Em resposta, os delegados divulgaram um comunicado repudiando a iniciativa da OAB, classificando-a como “inaceitável”. Eles alertaram que qualquer tentativa de pressionar as investigações pode causar danos irreparáveis ao sistema de persecução penal e à democracia como um todo.
A controvérsia reflete as tensões entre as instituições policiais e a advocacia em relação à condução de investigações e à proteção das prerrogativas profissionais.