
Dengue avança sem freio: Brasil registra quase 6 mil mortes em 2024 e bate recorde histórico
Número de óbitos é o maior já registrado no país, superando em larga escala os anos anteriores; São Paulo concentra os casos, mas DF lidera em incidência.
O Brasil enfrenta um cenário alarmante em 2024: o país está prestes a atingir a marca de 6 mil mortes por dengue, o maior número já registrado desde o início da série histórica. Até o dia 7 de dezembro, 5.922 óbitos foram confirmados, segundo o painel de monitoramento das arboviroses. O dado é ainda mais preocupante quando comparado a 2023, ano que já havia batido recordes com 1.179 mortes causadas pela doença.
Além do aumento vertiginoso no número de óbitos, o país contabiliza mais de 6,6 milhões de casos prováveis, sendo que outros 1.000 casos ainda estão sob investigação. O estado de São Paulo lidera em números absolutos, com mais de 2 milhões de infecções. Em seguida, aparecem Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, que também apresentam índices elevados.
Porém, quando se trata do coeficiente de incidência — que mede os casos proporcionalmente à população —, o Distrito Federal dispara, com impressionantes 9.899 casos para cada 100 mil habitantes.
Diante dessa crise, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou as mudanças climáticas e o aquecimento global como fatores que agravam o avanço da dengue no Brasil. Para combater a epidemia, a ministra ressaltou a necessidade urgente de saneamento básico e uma ação conjunta entre governo federal e prefeituras. Segundo ela, a prevenção e o combate aos focos do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, dependem da colaboração de todos.
O cenário é um alerta claro: sem medidas eficazes e imediatas, a dengue continuará a avançar, deixando um rastro ainda maior de perdas e sofrimento no país.