Denúncias de Assédio Moral na Casa Civil Exigem Respostas: Subsecretário Sob Investigação

Denúncias de Assédio Moral na Casa Civil Exigem Respostas: Subsecretário Sob Investigação

Funcionários relatam ambiente de intimidação e abusos; denúncias coincidem com programa do governo para combater assédio

O subsecretário Duncan Frank Semple, da Casa Civil do governo Lula, foi denunciado à Corregedoria da Presidência da República no início de outubro por suposto assédio moral. Servidores afirmam que o ambiente na Subsecretaria de Gestão Interna é marcado por “gritos, humilhações públicas, intimidação e ameaças”. A acusação surge exatamente no mês em que o governo lançou uma regulamentação contra assédio moral, sexual e discriminação no setor público.

Semple, que já ocupou posições em outras administrações petistas, chefia uma área que responde diretamente à Secretaria-Executiva da Casa Civil, sob o comando de Miriam Belchior, ex-ministra do governo Dilma. Em uma denúncia enviada à Corregedoria, uma funcionária afirma que o comportamento de Semple tem afetado a saúde mental e física dos servidores. Segundo ela, o clima opressor levou-a a um afastamento médico devido a problemas psicológicos.

Outros funcionários também relataram, em conversas com a coluna, que a gestão de Semple gera um ambiente que descreveram como “sádico”. As acusações incluem gritos, murros na mesa, ameaças de demissão, ofensas e invisibilização do trabalho dos servidores. Muitos funcionários mencionaram ataques de pânico e transtorno de ansiedade como consequência do ambiente, mas não formalizaram queixas por medo de retaliações.

A denúncia ocorre em um momento no qual o governo federal implementou um programa de combate ao assédio na administração pública, instituindo diretrizes de acolhimento e comunicação não violenta, além de estabelecer compromissos de respeito e prevenção. O programa ganhou força após o governo enfrentar outras denúncias de assédio envolvendo figuras de destaque, como o ex-ministro Silvio Almeida.

Quando procurado pela coluna, Semple não quis comentar as acusações e orientou que a assessoria de imprensa da Casa Civil fosse contactada, mas até o momento não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

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