Denúncias de Assédio Sexual Abalam Imagem do Professor da USP: Reflexões Críticas sobre Poder e Abuso

Denúncias de Assédio Sexual Abalam Imagem do Professor da USP: Reflexões Críticas sobre Poder e Abuso

10 alunos acusam Alysson Mascaro de comportamentos abusivos, e a universidade abre processo para investigar os relatos envolvendo o docente marxista e amigo de Silvio Almeida.

A denúncia contra Alysson Mascaro, professor da Universidade de São Paulo (USP), gerou grande repercussão nos últimos dias. Reconhecido como um influente pensador marxista e uma figura respeitada na área do Direito, Mascaro é acusado de assédio sexual por dez estudantes, com relatos que abrangem desde 2006 até 2024. As vítimas, todas com idades entre 24 e 38 anos, acusam o docente de condutas impróprias, como beijos forçados, toques indesejados e até estupro.

Alysson Mascaro, também amigo do advogado Silvio Almeida e eleitor de Lula, é conhecido por seu trabalho em Filosofia e Teoria Geral do Direito, além de seu canal no YouTube com mais de 50 mil seguidores. Embora suas contribuições acadêmicas sejam amplamente reconhecidas, as acusações lançam uma sombra sobre sua carreira. As vítimas, que participaram do Grupo de Pesquisa Crítica do Direito e Subjetividade Jurídica, relatam um padrão de comportamentos abusivos por parte de Mascaro, com promessas de apoio profissional que, em muitos casos, serviram para intimidar os estudantes e silenciar suas denúncias.

Os depoimentos indicam que o professor usava seu poder de influência para manipular suas vítimas, com táticas de intimidação como alardear sua proximidade com figuras poderosas, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal e outros advogados renomados. Mesmo diante dessas denúncias, a defesa de Mascaro rejeita as acusações, alegando que os relatos são fruto de campanhas difamatórias.

A Faculdade de Direito da USP, por sua vez, declarou que ainda não foi formalmente notificada sobre os fatos, mas que abrirá um procedimento administrativo assim que receber uma denúncia formal. Esse caso levanta questões urgentes sobre o abuso de poder dentro das instituições acadêmicas e as dificuldades de quem busca denunciar abusos de figuras de autoridade.

Essas revelações não são um caso isolado: relatos semelhantes remontam a 2006, quando Mascaro ainda lecionava em outras instituições, como a Universidade Presbiteriana Mackenzie. As histórias de abuso e assédio se repetem, levando muitos a questionarem até que ponto o comportamento do professor era conhecido e tolerado por suas instituições anteriores e atuais.

Agora, a comunidade acadêmica se vê diante da difícil tarefa de lidar com a dualidade de um acadêmico reconhecido por suas ideias críticas ao capitalismo, mas acusado de práticas que, na teoria, ele tanto condena. O caso continua a ser investigado, e novas denúncias podem surgir à medida que mais vítimas decidam se manifestar.

Fonte e Créditos: Revista Oeste

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