Depois de multar Neymar em R$ 16 milhões por lago artificial, órgão reconhece que estava tudo correto
Após multar Neymar em R$ 16 milhões por irregularidades em um lago artificial construído em sua mansão em Mangaratiba (RJ), a Secretaria de Meio Ambiente da prefeitura da cidade reconheceu que as multas foram indevidas. O órgão admitiu que a obra estava regular e não causou impacto ambiental, revendo sua decisão anterior.
A construção do lago foi alvo de denúncia anônima em janeiro do ano passado, levando à aplicação de quatro infrações totalizando R$ 16 milhões. No entanto, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) concluiu que a obra não gerou impactos ambientais e que a movimentação de terra foi para instalar um sistema de tratamento de esgoto e biodigestor.
A procuradora-geral do município de Mangaratiba, Juraciara Souza Mendes da Silva, havia interditado o lago três vezes com base em relatórios da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O Inea, por sua vez, destacou que não houve captação irregular de água, poda drástica, ou supressão de vegetação.
O caso foi parar na esfera judicial, com o juiz Richard Robert Fairclough suspendendo as multas em outubro do ano passado, considerando as sanções desproporcionais. Até o momento, a Secretaria de Meio Ambiente de Mangaratiba não recebeu formalmente nenhum relatório do Inea sobre a questão. A defesa de Neymar não se manifestou sobre a decisão.