
Deputado denuncia abandono de indígenas em Roraima e cobra explicações do governo Lula
Parlamentar afirma que indígenas enfrentam fome e recorrem à mendicância nas ruas
O deputado federal Nicoletti (União-RR) denunciou o que classifica como uma “situação desumana” vivida pelos indígenas em Roraima. Segundo ele, comunidades indígenas no estado estariam sem acesso adequado à alimentação e, em muitos casos, sendo forçadas a pedir esmolas nos semáforos de Boa Vista.
“O que estamos vendo aqui é um total descaso do governo federal. Enquanto o Planalto fala em bilhões de investimentos, a realidade dessas pessoas continua a mesma ou até piora”, criticou o deputado.
Críticas à Funai e pedido de transparência
Nicoletti também direcionou críticas à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e à sua presidente, Joenia Wapichana, acusando a gestão de não atuar de forma eficiente para melhorar a qualidade de vida dessas populações.
O parlamentar afirmou que o governo federal não tem adotado medidas concretas para mudar a situação e chamou a atual administração de “desgoverno”. Segundo ele, a falta de políticas públicas efetivas está resultando em uma crise humanitária: “O assistencialismo do governo não resolve o problema, apenas mantém os indígenas em condições indignas”.
Nicoletti ainda cobrou transparência sobre os recursos federais destinados às comunidades indígenas e questionou se os investimentos prometidos estão realmente sendo aplicados em áreas como educação, saúde e infraestrutura.
Requerimento ao governo e defesa do garimpo
No último domingo (9), o deputado enviou um requerimento à Presidência da República solicitando explicações sobre o destino das verbas que deveriam estar sendo investidas na melhoria das condições de vida dos indígenas.
Além disso, Nicoletti criticou a postura do governo Lula em relação à regulamentação do garimpo, alegando que uma exploração sustentável e controlada poderia gerar renda para as comunidades indígenas, em vez de manter a atual situação de vulnerabilidade.
Até o momento, o governo federal não se manifestou sobre as acusações do parlamentar.