Deputado Eduardo Bolsonaro pede anistia a presos do 8 de janeiro em Brasília para corrigir “injustiça”
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu anistia para os presos relacionados aos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. A declaração foi feita durante seu discurso no encerramento da Conferência Anual de Ação Política Conservadora (CPAC), realizada em Balneário Camboriú (SC), neste domingo (7).
Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que considera necessário corrigir uma injustiça em relação aos condenados pelas invasões e depredações de prédios públicos em Brasília, que resultaram em diversas prisões. Ele se comprometeu a lutar pela anistia dos “injustiçados” dos eventos de 8 de janeiro, seja como deputado ou em qualquer outro cargo que assumir.
O discurso de Eduardo gerou debates intensos. Defensores da anistia expressaram preocupações com a justiça e a legalidade das prisões, enquanto críticos alertaram para os riscos de impunidade e enfraquecimento das instituições democráticas. A proposta de anistia permanece um tema controverso e polarizador na política brasileira.
Durante seu discurso na CPAC, Eduardo projetou uma imagem com a palavra “Anistia” no telão, acompanhada de fotos e nomes dos presos relacionados aos eventos de 8 de janeiro. Entre esses, destacou-se Cleriston Pereira da Cunha, que foi preso durante os atos e faleceu no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, em novembro de 2023.
Eduardo Bolsonaro também mencionou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, contestando a narrativa de tentativa de golpe e criticando as prisões. Ele mencionou o caso de Iraci Nagoshi, de 71 anos, condenada a 14 anos de prisão, argumentando que é injusto tratar uma senhora incapaz de arremessar uma pedra como uma terrorista.
“Nós só não somos otários de engolir essa balela do Alexandre de Moraes, que tenta dizer que eles prendem senhoras de 71 anos como Iraci Nagoshi, que está com uma condenação de 14 anos de cadeia. Uma senhora que é incapaz de arremessar uma pedra sendo tratada como terrorista”, declarou Eduardo.
Ele também argumentou que seu pai, Jair Bolsonaro, não teve uma eleição justa em 2022, insinuando uma censura por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em favor da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).