Deputado Van Hattem na Mira do STF Após Discursos Inflamados

Deputado Van Hattem na Mira do STF Após Discursos Inflamados

Marcel van Hattem enfrenta risco de punição após ataques à Suprema Corte

O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) pode enfrentar sérias consequências legais após disparar ofensas contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Nos bastidores da Corte, já se discute a possibilidade de ele ser denunciado e até perder o mandato.

Na última quinta-feira, durante um discurso inflamado no plenário da Câmara, Van Hattem classificou o STF como uma “organização mafiosa” e acusou os ministros de usarem processos como instrumento de chantagem política. Além disso, chamou o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes de “cruéis e covardes”. O pronunciamento provocou reações imediatas.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), apresentou uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR), pedindo a abertura de uma ação penal contra o parlamentar. No STF, ministros avaliam que as declarações são graves o suficiente para justificarem uma denúncia, o que poderia resultar na perda de seu mandato e outras sanções.

Essa não é a primeira vez que Van Hattem se envolve em polêmicas ao atacar autoridades. Em novembro, ele foi indiciado pela Polícia Federal por calúnia e injúria após criticar um delegado responsável por investigações contra Bolsonaro. Na época, Arthur Lira, presidente da Câmara, tentou interceder em sua defesa, alegando que o parlamentar estava protegido pela imunidade legislativa. No entanto, ministros do STF respaldaram a atuação da PF.

Diante da repercussão, Van Hattem afirmou estar “absolutamente tranquilo” e garantiu que a Constituição lhe assegura imunidade parlamentar para expressar suas opiniões. Ele também acusou o STF de perseguição e anunciou que seu partido, o Novo, tomará medidas contra Lindbergh Farias no Conselho de Ética da Câmara.

O embate entre o deputado e a Suprema Corte escancara as tensões entre aliados de Bolsonaro e o Judiciário, em um cenário de acirramento político e disputas sobre os limites da imunidade parlamentar.

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