
Derrite critica direitos humanos e sugere modelo de segurança de El Salvador
Secretário de Segurança Pública de São Paulo defende modelo mais rígido contra crime, mas também alerta para riscos à democracia
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, expressou nesta terça-feira (25) sua opinião sobre as políticas de segurança, destacando que o Brasil deveria aprender com El Salvador, cujo índice de homicídios caiu de 38 para 1,9 por 100 mil habitantes de 2019 a 2024. Apesar dos números impressionantes, Derrite não deixou de fazer uma crítica ao programa Pena Justa, que visa combater as violações de direitos humanos no sistema prisional, apontando que ele não resolveria sozinho a violência no país.
O modelo adotado por El Salvador tem gerado controvérsias, com acusações de prisões arbitrárias e violações de direitos humanos, em um contexto onde o país tem mais de 100 mil presos, representando 1,7% da sua população. No Brasil, essa proporção é de apenas 0,3%. Derrite ponderou, contudo, que, embora o Brasil seja mais complexo e de maiores dimensões, a redução de homicídios no país centro-americano poderia servir como aprendizado.
O secretário também se posicionou contra o desencarceramento em massa e defendeu uma abordagem mais rígida quanto às audiências de custódia, especialmente para crimes violentos, argumentando que a atual sistemática fomenta a reincidência criminal.
A proposta de Derrite foi compartilhada no Fórum de Segurança Pública pelo Brasil, evento realizado em Brasília que reuniu diversas autoridades e especialistas da área.
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