Derrite: ‘Narrativa de que houve tortura é mentira’, sobre ações no Guarujá
O Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite (PL-SP), contestou as acusações de tortura durante as operações policiais no Guarujá. Ele afirmou que tais alegações são mentirosas e que os relatórios preliminares do Instituto Médico Legal não indicam indícios de tortura. Derrite admitiu que 12 pessoas morreram durante a operação, mas destacou que todos os indivíduos identificados tinham um histórico criminal extenso.
Durante uma entrevista no programa Morning Show, da Jovem Pan News, o Secretário defendeu a ação da polícia e rebateu críticas de que a resposta do Estado tenha sido desproporcional. Ele enfatizou que muitos não entendem a realidade enfrentada pelos policiais ao lidar com o crime organizado. Guilherme Derrite reiterou que a polícia está ali para proteger a população e enfrentar o crime organizado, mas não para agir como um “tribunal de exceção” ou executar pessoas.
As operações no Guarujá foram iniciadas após a morte de um soldado da Rota, Patrick Reis, que foi baleado na região. O suspeito do crime foi posteriormente preso na Zona Sul de São Paulo. A Ouvidoria da Polícia Militar recebeu denúncias de tortura contra os mortos durante a operação, o que motivou o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania a pedir uma investigação rigorosa sobre o caso. O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também criticou a ação e apoiou a necessidade de investigação.
Guilherme Derrite reafirmou que a resposta da polícia é uma reação proporcional às ameaças do crime organizado e que eles não têm a intenção de iniciar um confronto, mas agir de forma adequada diante de situações de risco em que os criminosos estão armados e atiram contra os policiais. Ele destacou que o Estado irá defender a população de maneira correta e enfrentar o crime organizado como se deve.