Desembargador Anula Provas que Incriminavam Policiais por Tráfico
Desembargador do TRF-3 desconsidera evidências e reintegra três policiais civis de SP após venda de cocaína ao Primeiro Comando da Capital
O caso envolvendo a venda de 400 quilos de cocaína ao PCC segue sendo um ponto de controvérsia jurídica. O desembargador Maurício Kato, integrante do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), decidiu anular as provas que incriminavam três policiais civis de São Paulo envolvidos no esquema de tráfico. As evidências foram obtidas através de celulares apreendidos pela Polícia Federal, que mostravam negociações de venda de drogas para o PCC por R$ 5 milhões.
Apesar de as mensagens no celular de um advogado indicarem a negociação entre os policiais e o crime organizado, Kato alegou que a apreensão dos dispositivos não seguiu os procedimentos legais exigidos. Em uma decisão polêmica, o magistrado invalidou as provas e garantiu a reintegração dos acusados à Polícia Civil.
Esse episódio não é isolado na carreira do desembargador. Kato tem sido responsável por decisões controversas em outros casos de alta repercussão, incluindo a anulação de condenações de figuras como Paulo Preto e a liberdade de outros acusados de crimes financeiros. Ao anular as provas no caso dos policiais, ele segue sua linha de atuação em decisões que causam divisões no cenário jurídico e político.
Agora, os três policiais, que haviam sido afastados das funções após as investigações, retornam ao Departamento de Polícia Judiciária do Interior em Santos, como se nada tivesse ocorrido. O desfecho levanta sérias questões sobre a eficácia do sistema judicial no combate à corrupção e ao crime organizado.
Fonte e Créditos: Revista Oeste