
Desmatamento no Cerrado e na Amazônia Legal: Aumenta a pressão ambiental sob o governo Lula
Cerrado perdeu quase 6 mil km² em 2024, enquanto a Amazônia teve destruição de 34 mil km²; desafios incluem a expansão agrícola e falta de fiscalização
O desmatamento no Brasil continua a se apresentar como uma crise ambiental sem precedentes. Em 2024, a destruição da vegetação nativa alcançou índices alarmantes, especialmente no Cerrado, que perdeu quase 6 mil quilômetros quadrados de vegetação, e na Amazônia Legal, que teve uma devastação de 34 mil quilômetros quadrados. Esses números não apenas refletem a perda irreparável de biodiversidade, mas também colocam em risco o equilíbrio climático global, já que o desmatamento é uma das principais fontes de emissão de gases de efeito estufa.
O principal motor dessa destruição continua sendo a expansão descontrolada da agricultura e da pecuária, que continuam a engolir vastas áreas de floresta para dar lugar à soja e ao gado. A construção de grandes obras de infraestrutura, como hidrelétricas e estradas, também agrava o problema, destruindo ainda mais os ecossistemas.
Mas a falta de fiscalização e a impunidade em relação às atividades ilegais são fatores que agravam o quadro. A extração de madeira ilegal e a grilagem de terras seguem sem a devida punição, alimentando a degradação ambiental. Apesar de tentativas de implementar políticas de conservação, muitos obstáculos, como conflitos de interesse e a escassez de recursos, dificultam a efetividade dessas ações.
As queimadas são outro ponto crítico, com um aumento no número de incêndios florestais. Só nos primeiros meses de 2025, o Brasil registrou a destruição de 806 mil hectares de vegetação, impactando severamente a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal. Esses incêndios não só queimam a vegetação, mas liberam grandes volumes de CO2 na atmosfera, intensificando o aquecimento global. Além disso, a fumaça das queimadas afeta diretamente a saúde da população, especialmente das pessoas que vivem nas áreas mais afetadas.
O combate ao desmatamento exige uma abordagem integrada e multifacetada. É preciso intensificar a fiscalização nas áreas mais críticas, garantindo a aplicação rigorosa das leis ambientais. O incentivo a práticas agrícolas sustentáveis, a promoção de programas educativos e a criação de parcerias internacionais também são passos fundamentais para reverter essa triste realidade.
No entanto, o futuro da conservação ambiental no Brasil depende da união de esforços entre o governo, as empresas e a sociedade civil. Embora os desafios sejam imensos, é possível promover o desenvolvimento econômico sem sacrificar os ecossistemas. Com políticas de conservação mais eficazes e investimentos em tecnologias limpas, ainda há chance de reverter a destruição e preservar os preciosos biomas do Brasil, essenciais para o equilíbrio ecológico global.