
Dinheiro sujo, presente caro: filha de desembargador tentou comprar caminhonete de R$ 217 mil com propina, diz PF
A advogada Renata Gonçalves Pimentel, filha do desembargador Sideni Soncini Pimentel
Polícia Federal revela que filha de magistrado afastado tentou pagar veículo com dinheiro vivo; banco barrou transação
Mais um capítulo envolvendo a mistura explosiva entre poder e corrupção veio à tona: a Polícia Federal afirma que a filha de um desembargador afastado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) tentou pagar uma caminhonete de luxo, no valor de R$ 217 mil, com dinheiro oriundo de propina.
Segundo as investigações, a jovem chegou a ir ao banco com o montante em espécie para quitar o veículo, mas teve o pagamento recusado pelo gerente, que desconfiou da origem dos valores. A compra foi registrada com a mensagem “comprei para você”, uma suposta prova de que o carro seria um presente.
A operação da PF está inserida num inquérito mais amplo que investiga o envolvimento do desembargador em um esquema de corrupção. Embora a filha não ocupe cargo público, seu nome apareceu em transações financeiras consideradas suspeitas.
O magistrado, por sua vez, nega qualquer participação em irregularidades e afirma nunca ter recebido vantagem indevida. O Estadão tentou contato com a defesa da filha e com a advogada que representa o desembargador, mas não obteve resposta até o momento.
A investigação ainda está em curso, mas o episódio levanta novamente a cortina sobre os bastidores do Judiciário e a facilidade com que o dinheiro ilícito circula — às vezes, com laços de sangue e placas de luxo.
Fonte e Créditos: Estadão