Diretor do Exército em SP será exonerado após sumiço de metralhadoras de quartel
O tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, diretor do Arsenal de Guerra do Exército Brasileiro em São Paulo, será destituído de seu cargo devido ao roubo de 21 metralhadoras do quartel em Barueri. A decisão foi anunciada pelo comandante do Exército, general Mauricio Vieira.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro recuperou oito das 21 metralhadoras que estavam desaparecidas. As armas foram encontradas na comunidade da Gardênia Azul, Zona Oeste, e, segundo investigações, passaram pela favela da Rocinha, Zona Sul, antes de serem apreendidas.
A Delegacia de Repressão a Entorpecentes, responsável pela operação, localizou quatro metralhadoras .50 e quatro MAGs. As investigações preliminares indicam que cada uma dessas armas foi vendida a criminosos por até R$ 180 mil.
Cerca de 160 militares permanecem restritos à unidade militar em Barueri, pois há suspeita de envolvimento com o crime. Oficiais de diversas patentes estão sob investigação, mas seus nomes não foram divulgados. Há também indícios de que civis possam estar ligados ao roubo.
O desaparecimento das armas foi detectado em 10 de outubro, porém a última verificação na sala onde estavam guardadas ocorreu em 6 de setembro. Durante esse período, apenas a segurança da sala foi verificada, mas o lacre e o cadeado foram trocados, de acordo com o general de brigada Mauricio Vieira, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste.
A data exata do roubo ainda está sendo investigada, mas há suspeitas de que tenha ocorrido entre 5 e 8 de setembro. O Exército considera o incidente inadmissível e afirma que fará todo o possível para recuperar as armas o mais rápido possível. Uma declaração das Forças Armadas assegura que “todas as medidas estão sendo tomadas para investigar e responsabilizar legalmente os envolvidos em quaisquer atividades ilícitas ou desvios de conduta”.
