Ditadura chavista Venezuela liberta cinco presos políticos após EUA suspenderem sanções

Ditadura chavista Venezuela liberta cinco presos políticos após EUA suspenderem sanções

A ditadura venezuelana libertou cinco presos políticos em resposta à suspensão de várias sanções pelos Estados Unidos. Essa decisão ocorreu devido a um acordo entre o regime chavista e a oposição para as eleições presidenciais de 2024.

O líder da delegação opositora no diálogo, Gerardo Blyde, divulgou uma lista na noite de quarta-feira (18) com os nomes dos presos que foram libertados, incluindo o ex-deputado Juan Requesens, acusado de tentativa de assassinato contra o ditador Nicolás Maduro. Outros libertados incluem o jornalista Roland Carreño, próximo do líder opositor Juan Guaidó; o estudante Marco Garcés Carapaica; Mariana Barreto, detida por participar de protestos em 2019; e Eurinel Rincón, ex-secretária do Ministério da Defesa.

Juan Requesens, que estava cumprindo pena de oito anos de prisão domiciliar, expressou sua gratidão afirmando: “O mais importante neste momento é seguir em frente, agradecer a todos que tornaram isso possível… Não tenho palavras”, conforme relatado pela agência France-Presse.

Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira a suspensão de várias sanções contra a Venezuela, incluindo aquelas relacionadas ao setor de petróleo e gás, em virtude do acordo entre o regime e a oposição para o monitoramento internacional das próximas eleições.

O governo de Joe Biden, no entanto, alertou que a suspensão das sanções ao setor de petróleo e gás terá validade por seis meses e poderá ser reconsiderada se não houver avanço em direção a eleições democráticas e à libertação de cidadãos americanos detidos na Venezuela.

Essa decisão dos EUA veio em resposta à assinatura de um acordo de roteiro eleitoral entre a Plataforma Unida da Venezuela e representantes do regime de Maduro, conforme informou o Departamento do Tesouro.

O governo e a Plataforma Democrática Unida (PUD), um bloco de oposição, assinaram dois acordos em Barbados na terça-feira (17) sobre garantias para as eleições presidenciais de 2024, incluindo a observação internacional.

No acordo sobre garantias eleitorais, as partes se comprometeram a continuar o processo de diálogo e negociação em relação a outras medidas, “compreendendo a necessidade de suspender as sanções contra o Estado venezuelano”, afirmou o regime de Maduro após a assinatura.

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