Dólar Ajustado pela Inflação Está Mais Alto no Governo Lula III do que na Crise de Dilma II

Dólar Ajustado pela Inflação Está Mais Alto no Governo Lula III do que na Crise de Dilma II

Moeda americana alcança R$ 6,19, superando o pico corrigido de R$ 5,08 registrado em 2015

O dólar, ajustado pela inflação acumulada no Brasil e nos Estados Unidos, atingiu valores reais mais altos no terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva do que durante a grave crise política e econômica que marcou o governo de Dilma Rousseff. A moeda norte-americana, que encerrou a última sexta-feira (27) cotada a R$ 6,19, supera em R$ 1,11 o valor corrigido de R$ 5,08, registrado no auge da turbulência em 2015.

Cenários econômicos distintos

Embora a alta percentual do dólar seja menor em 2024 (25%) do que entre 2015 e 2016 (62%), o contexto econômico atual apresenta diferenças importantes. Durante a crise de 2015-2016, o Brasil enfrentou fortes retrações do PIB (-3,8% e -3,6%, respectivamente), enquanto em 2023 o país cresceu 3,2%, com previsão de alta de 3,49% em 2024, de acordo com a pesquisa Focus.

Dívida pública em destaque

Apesar do crescimento econômico recente, o aumento da dívida pública traz preocupações sobre a saúde fiscal do país. A relação dívida/PIB, um indicador crucial, mostra uma piora significativa:

  • 2016: 69,8% (+13,6 pontos percentuais desde 2014);
  • Outubro de 2024: 77,8%;
  • Projeção para 2026: 84,1% (segundo o Instituto Fiscal Independente – IFI).

Essa elevação da dívida, mesmo em meio à recuperação econômica, reflete os desafios estruturais e o peso crescente dos gastos governamentais, que seguem pressionando a sustentabilidade fiscal.

A alta do dólar destaca não apenas questões externas, mas também a necessidade de ajustes internos para equilibrar as contas públicas e melhorar a competitividade do país.

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