‘Dou um, dou dois, dou três’, diz deputado petista sobre tapa em bolsonarista
Vice-presidente do PT, deputado Washington Quaquá deu um tapa em outro deputado durante sessão de promulgação da reforma tributária
O deputado Washington Quaquá (PT-RJ), que deu um tapa na cara do bolsonarista Messias Donato (Republicanos-ES) durante uma confusão na Câmara dos Deputados, disse que foi agredido primeiro pelo simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O tumulto ocorreu durante a sessão de promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária.
Quaquá afirma que estava gravando as ofensas proferidas por bolsonaristas contra o presidente Lula (PT) para utilizar como prova em um processo, quando foi agarrado pelo parlamentar da oposição. Segundo o relato, Donato teria tentado tirar o celular de sua mão após empurrá-lo. Em resposta, Quaquá deu um tapa no rosto do deputado capixaba.
“Primeiro que [o Messias] não é meu colega, um abusado bolsonarista, que estava xingando o Lula. Eu fui gravar para produzir prova para uma representação no Conselho de Ética”, disse. Na sequência, segundo o petista, o deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) “me chamou de ladrão, [disse] ‘vocês são todos ladrões, você é um ladrão’. Eu chamei ele de viadinho”.
“E esse tal de Messias —que eu nem sei quem é—, que estava xingando o Lula, pega no meu braço, tenta tomar o meu telefone e me empurra. Ele toma um tapa no meio da cara. Dei um, dou dois, dou três, não tenho problema nenhum. Se me agredir, eu agrido eles. Estão acostumados a querer dar uma de machão, de bater nos outros, os bolsonaristas, comigo a porrada canta. Dei-lhe um tapa na cara, e um bem dado”, concluiu
Já no X, antigo Twitter, o petista escreveu: “Em relação ao incidente ocorrido, esclareço que minha reação foi desencadeada por uma agressão anterior. O deputado proferia ofensas contra o presidente da República quando liguei a câmera do celular com a intenção de produzir prova para um processo. Foi quando fui empurrado e tive o braço segurado para evitar a filmagem”.
“Nunca utilizo a violência como método, mas não tolero agressões verbais ou físicas da ultra direita e sempre reagirei para me defender. Bateu, levou”.