Eduardo Bolsonaro Denuncia Tentativa de Impedir suas Viagens ao Exterior

Eduardo Bolsonaro Denuncia Tentativa de Impedir suas Viagens ao Exterior

Deputado afirma que retenção de seu passaporte seria um ato de perseguição política

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou que poderá ter seu passaporte apreendido por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o parlamentar, a medida visa impedir suas viagens internacionais, especialmente aos Estados Unidos, onde tem denunciado supostas perseguições do Judiciário brasileiro a políticos de direita.

Nos últimos meses, Eduardo intensificou sua articulação com aliados do ex-presidente Donald Trump e autoridades americanas, questionando decisões do STF, em especial as de Moraes, contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para ele, tais decisões afetam a liberdade de expressão no Brasil.

A possível retenção do passaporte de Eduardo Bolsonaro foi solicitada por deputados governistas, incluindo Lindbergh Farias (PT-RJ) e Guilherme Boulos (PSOL-SP), que acusam o parlamentar de atentar contra a soberania nacional ao buscar apoio estrangeiro contra instituições brasileiras. Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o pedido.

“Jogo Combinado”, Diz Eduardo Bolsonaro

Em resposta, Eduardo Bolsonaro afirmou que há uma ação coordenada entre o PT, a PGR e Moraes para silenciá-lo. “Isso é coisa de república de bananas”, criticou. Segundo ele, a retenção do documento abriria caminho para monitoramento de seus movimentos e até uma eventual prisão.

O ex-presidente Jair Bolsonaro também se manifestou, alegando que a possível apreensão do passaporte do filho pode ser uma estratégia para impedi-lo de assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

A polêmica acontece em meio a pressões nos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes. Uma comissão da Câmara dos Representantes aprovou recentemente um projeto de lei que pode barrar a entrada de autoridades estrangeiras acusadas de restringir a liberdade de expressão. O Departamento de Estado dos EUA também criticou a remoção de redes sociais americanas no Brasil, classificando a medida como censura.

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