“Ela não nasceu pra cozinha”: Lula defende Janja de ataques por viagens e fala em liberdade das mulheres

“Ela não nasceu pra cozinha”: Lula defende Janja de ataques por viagens e fala em liberdade das mulheres

Durante coletiva, presidente reage às críticas à atuação internacional de Janja e diz que ela não faz nada às escondidas — “Foi convidada oficialmente por Macron, e me representa com orgulho”.

Em meio a críticas da oposição por conta da atuação internacional de Rosângela da Silva, a Janja, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa da primeira-dama neste sábado (29/3), destacando que ela tem voz própria, representatividade e não está ocupando um espaço que não lhe pertence.

Nesta semana, enquanto Lula cumpria agenda oficial no Vietnã, após passagem pelo Japão, Janja esteve em Paris, a convite do presidente francês Emmanuel Macron, representando o Brasil na cúpula global de combate à fome e à desnutrição.

“Minha mulher não viaja na surdina. Ela não é clandestina. Foi a Paris porque foi convidada oficialmente. Não é pouca coisa ser chamada para discutir a fome e a pobreza com líderes globais. Eu tenho muito orgulho disso”, disse Lula em coletiva no fim de sua viagem pela Ásia.

Sem mencionar nomes, o presidente disse que não responde a provocações e deixou claro que Janja sabe se posicionar: “Ela tem maturidade suficiente para lidar com coisas sérias. O resto — molecagem, fake news, irresponsabilidade — não merece resposta. A história vai julgar”.

Lula foi além ao reforçar que ela foi como sua representante: “Ela não escondeu nada, foi com meu apoio, e vai continuar fazendo o que acredita”.

E concluiu com um recado direto: “A mulher do presidente Lula não nasceu pra ser dona de casa. Ela vai estar onde quiser, falar o que quiser e andar por onde quiser. Esse é o papel da mulher no mundo”.

Durante a cúpula, Janja foi oradora de honra na abertura dos painéis, que também contaram com a presença do primeiro-ministro francês François Bayrou. Em seu discurso, ela trouxe dados alarmantes: “Até o fim deste evento, milhares de crianças terão morrido de fome. São 200 milhões de pequenos afetados pela má nutrição”.

Ela também destacou políticas públicas brasileiras de combate à fome, como o Bolsa Família, e pediu mais solidariedade no cenário global: “Queremos um mundo com menos armas e mais comida na mesa”.

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