ELEIÇÕES
Bolsonaro critica relação de Lula com Maduro e ironiza ida de Amorim à Venezuela
O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou, no sábado (27/7), a relação próxima entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, dias antes das eleições presidenciais venezuelanas marcadas para o domingo (28). Em suas redes sociais, Bolsonaro afirmou que “Maduro e Lula são mais que parceiros e amigos, são inseparáveis na busca do socialismo para toda a América do Sul”.
Bolsonaro também fez comentários críticos ao sistema eleitoral venezuelano, mencionando o “Carnet de La Pátria”, um documento usado no país, e alegou, sem apresentar provas, que “as milícias batem à porta das casas dos eleitores e os conduzem às seções eleitorais” e que “não tem voto secreto na Venezuela”. Ele sugeriu que o documento seria semelhante ao Bolsa-Família brasileiro e que, para receber uma cesta básica, os venezuelanos seriam obrigados a votar em Maduro.
Além disso, Bolsonaro ironizou o envio de Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, à Venezuela para observar as eleições, referindo-se a ele como “nano-diplomata”. Ele sugeriu que o Brasil estaria pronto para reconhecer a “lisura” da “justa” vitória de Maduro.
O clima entre Lula e Maduro também foi mencionado, especialmente após Maduro declarar que haveria um “banho de sangue” e uma “guerra civil” se ele perdesse as eleições. Lula respondeu dizendo que quem perde as eleições deve aceitar o resultado e “ir embora”. Em resposta, Maduro criticou o sistema eleitoral brasileiro, levando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cancelar o envio de observadores internacionais para acompanhar as eleições na Venezuela.