
Eleições na Alemanha: derrota histórica da esquerda e avanço da direita
O resultado das urnas confirma tendência global de rejeição aos partidos progressistas
As últimas eleições na Alemanha representaram um duro golpe para a esquerda. O partido progressista sofreu a pior derrota de sua história, enquanto os partidos de direita saíram vitoriosos com ampla vantagem. A União Democrata Cristã (CDU), tradicional representante do conservadorismo no país, garantiu o primeiro lugar, e o partido direitista emergente – que tem incomodado as elites globais – dobrou sua votação em relação às eleições anteriores, conquistando a segunda posição.
O recado das urnas foi claro: os alemães foram questionados sobre o modelo de governo que desejam para o país, e a resposta veio sem ambiguidades. Dos 630 assentos no Parlamento, 360 foram ocupados por representantes da direita clássica e do partido rotulado como “extrema direita” pelos adversários políticos.
Esse resultado reforça uma tendência recente na política mundial. A esquerda já havia enfrentado derrotas expressivas, como a surpreendente vitória de Javier Milei na Argentina e o fraco desempenho do PT e PSOL nas eleições municipais no Brasil. Além disso, a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos consolidou ainda mais esse cenário de mudança, e agora a Alemanha se soma à lista de países onde o eleitorado rejeitou a agenda progressista.
Para muitos, o dado mais inesperado dessas eleições alemãs foi a liderança do partido direitista por uma mulher abertamente lésbica, casada com outra mulher. A contradição desmonta algumas narrativas frequentes sobre a direita, que costuma ser acusada de intolerância. O resultado surpreende e desafia as interpretações tradicionais sobre o eleitorado conservador.
O cenário político global segue em transformação, e as urnas continuam a redefinir os rumos das democracias. Se a esquerda insistir em ignorar esses sinais, novas derrotas poderão estar a caminho.