Eleições: TRE-SP condena Boulos por pesquisa com dados distorcidos
A multa de R$ 53,2 mil imposta ao pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do estado, por divulgação irregular de pesquisa eleitoral, desencadeou uma série de reações e debates no cenário político.
A ação que resultou na multa foi movida pelos partidos MDB, do prefeito e pré-candidato à reeleição Ricardo Nunes, e PSB, da pré-candidata Tabata Amaral. Boulos divulgou em suas redes sociais uma pesquisa eleitoral que o mostrava liderando “contra qualquer bolsonarista”, porém, segundo a decisão do juiz eleitoral, Antonio Maria Patiño Zorz, Boulos teria misturado dados de diferentes pesquisas, criando um cenário que não corresponde à realidade, e excluindo candidatos que constavam nos levantamentos originais.
A assessoria de Boulos informou que irá recorrer da decisão do TRE. Enquanto isso, as reações dos partidos envolvidos refletem a polarização e a disputa acirrada no ambiente político. O presidente do Diretório Municipal do MDB de São Paulo, Enrico Misasi, destacou o ocorrido como uma condenação por disseminação de fake news, ressaltando o compromisso com a verdade na pré-campanha de seu partido. Por outro lado, a pré-campanha de Tabata Amaral elogiou a decisão da Justiça Eleitoral, considerando-a um reconhecimento da ilegalidade de divulgação de pesquisas falsas que visam manipular o eleitorado.
Essa decisão judicial e suas repercussões reforçam a importância da transparência e da conformidade com as regras eleitorais no contexto das campanhas políticas, destacando a necessidade de uma atuação responsável por parte dos pré-candidatos e partidos políticos.