Elo com PCC: dono da Transwolff recebeu R$ 48 milhões em 2 anos

Elo com PCC: dono da Transwolff recebeu R$ 48 milhões em 2 anos

Para o MPSP, movimentações de Pandora, dono da Transwolff, são incompatíveis com sua atividade econômica. Ele é acusado de elo com o PCC

Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como Pandora, proprietário da empresa de ônibus Transwolff, está sendo acusado de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Pandora movimentou R$ 48,3 milhões em um período de dois anos, valor considerado incompatível com sua atividade econômica.

Pandora foi preso durante a Operação Fim da Linha, realizada em abril, que investigava um suposto esquema de lavagem de dinheiro do PCC através das empresas Transwolff e UpBus, que operam em São Paulo. Após dois meses na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, ele foi liberado em junho graças a um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), entre agosto de 2018 e julho de 2019, Pandora movimentou R$ 34,2 milhões em uma conta no Banco do Brasil, e entre março de 2020 e março de 2021, mais R$ 14 milhões. As operações incluem transações com a Transwolff, resgates de aplicações, depósitos e transferências, além de um depósito de R$ 505 mil do restaurante Pranzo.

Pandora, que já foi preso em 2006 acusado de envolvimento com o PCC, nega as novas acusações. Ele e sua defesa alegam que as movimentações financeiras são resultado do uso da conta bancária para pagamentos empresariais. Além disso, a defesa tenta transformar sua prisão preventiva em domiciliar, citando problemas cardíacos.

As investigações indicam que a Transwolff teria recebido R$ 54 milhões do PCC para participar de uma licitação de transporte público, e que Pandora teria forçado cooperativas a transferir seus controles para sua empresa, com parte do dinheiro ficando com os suspeitos. Pandora tem ligações com figuras políticas, como o vereador Milton Leite e a família Tatto, que têm influência no setor de transportes de São Paulo.

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