Em operação contra Carlos, PF apreende computador e tablet de paraibano assessor de Bolsonaro
Nesta segunda-feira (29), durante uma operação contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, a Polícia Federal apreendeu dispositivos eletrônicos pertencentes a Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro. A investigação está focada em um possível sistema paralelo de inteligência.
Tércio Arnaud, que já ocupou o cargo de assessor Especial do Presidente da República durante o governo Bolsonaro e permaneceu como assessor após o término do mandato presidencial, acompanhava Bolsonaro durante as buscas da Polícia Federal.
De acordo com o deputado federal Eduardo Bolsonaro, foram confiscados um laptop e um tablet com a tela exibindo o nome de Tércio. O parlamentar mencionou que o assessor tentou desbloquear os dispositivos para os policiais, mas a tentativa foi em vão, pois os aparelhos foram apreendidos antes da chegada dos advogados, conforme relatado por Eduardo Bolsonaro.
A ação da PF faz parte de uma nova fase da investigação sobre a suposta “Abin paralela”. A suspeita é que assessores de Carlos Bolsonaro solicitavam informações ao ex-diretor da Abin, atual deputado federal pelo PL, Alexandre Ramagem, que é próximo da família Bolsonaro.
Além das buscas na residência de Carlos Bolsonaro e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, mandados foram cumpridos em Angra dos Reis, Brasília, Formosa (GO) e Salvador.
Tércio Arnaud Tomaz, natural de Campina Grande, foi acusado de liderar um “gabinete do ódio” durante o governo Bolsonaro, algo que tanto ele quanto o ex-presidente negam. Conhecido por sua atuação nas redes sociais, Tércio foi indicado por Bolsonaro como primeiro suplente do pré-candidato ao Senado Bruno Roberto nas eleições de 2022, sem sucesso na disputa. Ele foi exonerado do cargo no final do governo Bolsonaro e nomeado para um cargo no Partido Liberal após o término do mandato presidencial.
Nas redes sociais, o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, aliado de Bolsonaro na Paraíba, criticou a operação da PF e defendeu Carlos Bolsonaro, expressando confiança de que a verdade prevalecerá.