Empreiteiras renegociam acordos e retornam ao mercado de construção pesada
A Operação Lava Jato, que completa uma década, trouxe profundas mudanças ao cenário de infraestrutura e construção pesada no Brasil, com multas bilionárias, reestruturações de empresas e novos padrões de compliance. O impacto persiste até hoje, enquanto as grandes empreiteiras retomam gradualmente suas atividades após enfrentarem processos.
Recentemente, empresas ligadas aos grupos Andrade Gutierrez e Novonor (antiga Odebrecht) foram destaque em um leilão para retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima, sinalizando um retorno ao mercado público após enfrentarem condenações.
A volta dessas empresas ao setor público é fundamental para sua sobrevivência, de acordo com especialistas.
Muitas delas operam no prejuízo e enfrentaram processos de recuperação judicial ou falência nos últimos anos, como foi o caso da Odebrecht, UTC e OAS.
O faturamento do setor de construção pesada despencou mais de 80%, segundo dados do Sinicon (Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada-Infraestrutura), levando as empresas a vender subsidiárias e diminuir suas operações.