Encontro anual da Conib: presença de governadores e críticas à ausência de Bolsonaro

Encontro anual da Conib: presença de governadores e críticas à ausência de Bolsonaro

Evento destaca parcerias com Israel e alerta sobre o aumento do antissemitismo no Brasil

O encontro anual da Confederação Israelita do Brasil (Conib), realizado no clube A Hebraica, em São Paulo, no último sábado (23), reuniu diversas autoridades e lideranças políticas. Entre os presentes, destacaram-se os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Cláudio Castro (RJ) e Ronaldo Caiado (GO), além do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e o ministro do STF, André Mendonça.

Outras figuras de peso também marcaram presença, como o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, e parlamentares de diferentes estados. O ex-ministro da Cultura, Roberto Freire, representou uma ala da esquerda que se posiciona contra discursos antissemitas.

Conib critica falta de diálogo com o governo federal

Durante o evento, o presidente da Conib, Claudio Lottenberg, destacou a dificuldade de diálogo com a atual gestão federal em um contexto de aumento das denúncias de antissemitismo, especialmente nas redes sociais.

“A falta de abertura para ouvir a comunidade judaica é um retrocesso preocupante. O combate ao antissemitismo precisa ser uma responsabilidade de todos, pois a proteção das minorias é essencial para a defesa da democracia”, afirmou Lottenberg.

Parcerias estaduais com Israel em foco

Os governadores presentes reforçaram suas colaborações com Israel. Ronaldo Caiado mencionou as tecnologias de irrigação e um bosque criado em Goiânia em homenagem às vítimas do Hamas, enquanto Cláudio Castro destacou o apoio à comunidade israelita no Rio. Tarcísio de Freitas, por sua vez, elogiou a contribuição da comunidade judaica em áreas como saúde e segurança, enfatizando: “Não vamos tolerar o antissemitismo.”

Polêmica com ausência de Bolsonaro

A ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro gerou críticas de empresários da comunidade judaica alinhados ao bolsonarismo. Eles consideraram um erro o escanteamento de Bolsonaro e seu filho Eduardo, especialmente em um momento de ascensão política de Donald Trump nos EUA.

Segundo fontes, a ausência de Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secom e responsável por trazer militares israelenses ao Brasil durante a tragédia de Brumadinho, também foi alvo de queixas.

O encontro refletiu o cenário político atual, com elogios às parcerias estaduais com Israel, mas também com tensões entre setores conservadores e a liderança da Conib.

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