
Entre curativos e calmantes: Bolsonaro segue na UTI uma semana após cirurgia e sem previsão de alta
Com pressão controlada e dieta por sonda, ex-presidente exibe cicatriz nas redes enquanto tenta driblar a dor e a UTI
Depois de uma maratona cirúrgica de 12 horas para resolver uma nova complicação intestinal, Jair Bolsonaro completa uma semana de internação neste domingo (20) — e continua firme e preso à cama da UTI, sem visitas, sem previsão de alta e ainda à base de sonda.
O boletim médico mais recente informa que ele apresenta “pressão controlada” e “evolução clínica satisfatória”, apesar de ter tido um pico de pressão arterial no sábado (19), já resolvido. A equipe médica também destacou que ele permanece em jejum oral, sendo alimentado apenas por via intravenosa, e intensifica, dia após dia, sessões de fisioterapia.
A cirurgia, considerada uma das mais complexas que já enfrentou desde o atentado de 2018, teve como objetivo corrigir uma suboclusão intestinal causada por aderências — aquelas cicatrizes internas que se formaram por conta das múltiplas cirurgias anteriores.
Mesmo enfrentando uma recuperação dolorosa e delicada, Bolsonaro aproveitou a manhã deste domingo para manter sua presença nas redes sociais. Postou uma foto exibindo a cicatriz no abdômen, com curativo recém-retirado e um dreno ainda ativo. Na legenda, escreveu sobre o tratamento e a esperança de acelerar a recuperação com fisioterapia “mais acentuada”.
Durante a semana, também circularam vídeos do ex-presidente andando pelos corredores do hospital com o auxílio de um andador, acompanhado por médicos e, em outro momento, pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Segundo a equipe médica, apesar do quadro ainda exigir atenção, Bolsonaro está estável, sem dores ou sangramentos — o que, para quem já passou por sete cirurgias no mesmo local, soa quase como milagre clínico.
Enquanto isso, o país segue acompanhando a saga do ex-presidente, que agora parece travar uma luta diária não só contra os próprios intestinos rebeldes, mas também contra o tempo e o silêncio da UTI.